De Vênus veio o Zé
Sem saber onde chegara
Perguntou: - Qualé?
Sem saber de onde ele vinha
Respondi : - Qual foi?
E brigamos
Zé era baixo como
Bem feio como
De cabelo duro como
Gordo (gordo) como
A maioria de nós é
Zé tinha tatuagem
Zé tinha dentes brancos
Zé tinha sapatos
Maiores que o pé
Tinha o olhar longe
Tinha vontade de ser monge
De ganhar na loteria
Isso o Zé sempre pedia
O Zé era gente fina
Conversava a noite toda
Bebia sempre que podia
E sempre que não podia
O Zé era
Um Zé ninguém
Nunca tinha trabalhado
Estudado ele já tinha
Nunca tinha namorado
Transado ele já tinha
Nunca tinha tido amigo
Essa parte foi comigo
Mas o Zé
Pensava como ninguém
Argumentava como ninguém
E ria de qualquer bobagem
Um dia, um belo dia
Aquele dia qualquer
Quando ninguém imagina
Morre de overdose o Zé
Zé-presunto desceu o rio
Desaguou lá no bem longe
E sumiu não sei pra onde
Vestia blusa de frio
Calça laranja e boné
Nesse dia ele partiu
E não desaguou no mar
Zé se prendeu num galho
E preso lá deve estar
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1 comentários:
Largou a veia libidinosa pra adentrar em uma veia trágica... Valei-me, Freud!
Bjos!
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