Ela corria nua pela rua - assim sem sentido. Não pensava nos carros que passavam tão perto. Nem no suor que (es) corria na ponta dos dedos. Não olhava para frente, não fingia que era normal correr pelada pela rua; só corria. Correu até cansou. Pediu e pegou uma carona: voltou pra casa. O motorista do carro não questionou sua nudez. Não reparou nos mamilos excitados... Ela foi deixada na porta de casa.
Morreu 40 anos depois de picada de cobra. A cobra não tinha veneno. Eis o motivo da história.
Chuvinha.
A chuva caiu na calha;
Ninguém ouviu.
Só escutei o barulho da chuva
Quando a calha entupiu.
Vigilância.
Da janela ele olha
Ele olha e não vê
Não vê o que deveria, a meu ver.
E no sofá se esconde,
E de casa não sai,
É medo de ir aonde
O olho da mãe não vai.
Como seria ficar?
Ficar de permanecer...
Sempre se pensa em ir
E voltar.
Ficar na janela eterna,
Esquentar o sofá,
Repetir o que a mãe ensina:
"É prohibido viver!,
É permitido estar.”
Ele olha e não vê
Não vê o que deveria, a meu ver.
E no sofá se esconde,
E de casa não sai,
É medo de ir aonde
O olho da mãe não vai.
Como seria ficar?
Ficar de permanecer...
Sempre se pensa em ir
E voltar.
Ficar na janela eterna,
Esquentar o sofá,
Repetir o que a mãe ensina:
"É prohibido viver!,
É permitido estar.”
O fim é o verbo.
Programar.
Assuntar.
Resolver.
Mudar.
Propor.
Marcar.
E essa vida infinitiva,
Em eterna descontinuidade.
De verbos em "novelar, novelar, novelar."
Meu verbo preferido é viver.
Assuntar.
Resolver.
Mudar.
Propor.
Marcar.
E essa vida infinitiva,
Em eterna descontinuidade.
De verbos em "novelar, novelar, novelar."
Meu verbo preferido é viver.
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