Curva

25 de nov. de 2009
O que tem no fim da pista?
Uma ruiva peladona?
Um CD inédito
Da Madonna?


O que tem no fim da pista?
A vida eterna num vidro?
Um susurro, um gemido?,
O Elvis Presley perdido?


No fim da pista tem um cemitério
De estrelas colossais caídas.
Uma mesa sem mistério
Sem cosmos dando a partida...

O fim da pista ela avista
Se na mão tem um cigarro
Rock no som do carro
Os cabelos livres na estrada
Ela mira o infinito
Acelera forte e bate
Capota bonito!
E o vento leva
As chaves de casa...

Leveza

E quando tudo pesa?
É o encotro das coisas?
Que se acumulam sólidas?

O fim de um ciclo?
Assim sem sentido?

Quando o fim se aproxima, pesa?
Pesa a dor doída na alma?
A dor pelo o que foi perdido?
Sem ser sabido o que era?

Seria a areia mórbida dos domingos?
Da morte no verão seco?
Da música sem melodia?
Do barulho da água no fundo do poço?

Pesa a vida lerda que passa?
Pesa a noite que trás o frio?
Pesa a dor do tapa?
O vazio?