Desmembrando o Frango Assado

10 de out. de 2009
Quando a menina inventou
Essa suave posição
Não ousaria pensar
Em quanta perversão
Lançou

O garoto tímido
Que no quarto se escondia
Viu seu tio advogado
Escalando sua tia
Gozou

O operário cansado
Com a marmita na mão
Viu da secretária os tamancos
Na janela do patrão
Sentou

A garota que acompanha
Sempre farta da sua lida
Obedece ao comando
De levar perna na orelha
Cansou

A senhora da estrada
Que não tinha opção
Encontrou jovem empresário
E na vida salvação
Pôs suas pernas pro alto
E na alta do tesão
Casou

Fita Rosa No Cabelo

Sentado na grama da rua
Olhando a menina brincar
Ele a vê toda nua
Não deixa a garota pular

Ela parada na praça
Balançando suas tranças
E ele só pensa em traçar
A jorbela da criança

A menina escorrega
Ele sente calor doído
A grama que roça a coxa
É a menina sem vestido

Eu vejo de longe seu rosto
E sinto profundo desgosto
Em não ter imaginação

A menina pulando de tranças
É só
A menina pulando de tranças
Um dia na infância perdida
Vi num canto da rua adormecida
Uma menina-vampira dormindo
Fiquei com medo e fui embora
E nunca mais a vi
Ela deve estar em outro lugar
E eu continuo aqui
Ela deve dormir em outra rua
E eu durmo na mesma cama
Sempre, sempre, sempre
Eu queria,
Antes de morrer
Andar na rua de novo
Só pra ela me morder
Hoje eu tô lerdo
Não sirvo nem pra pensar
Só pra assistir a tv
E ver a Kelly Key cantar
A voz dela entra no ouvido daqui
E sai no ouvido de lá