Ver

20 de nov. de 2009
Vi a verdade se pintar de verde
E avermelhar-se de encanto

No início perdi o traquejo
No fim de tudo afoguei-me em canto

Viagem

O dia colore e se demora
É na noite o desencontro
Das letras e do fim dos pontos
Dos martelos e risadas fáceis

O impasse se coloca inteiro
Tem nariz enorme e boceja
 - É o sono que me toma a vida, diz, e se cala...

A janela pinta-se de azul
 E os ditos perdem o encanto
Se discordo faz-se logo um pranto
E se encerra outra bateria
De nomes falhos, trocados
E de bocas tortas, vazias

Refrão

Da cabeça a lama desce
E escorre pelo corpo
É pouco e parece pouco
Sem gosto, sem nenhum gosto