Tem cabeças que funcionam
Movidas à grande esforço
Tem palavras que se entregam
Com dureza e desgosto
Tem aqueles que se negam
É pra causar dor, por gosto...
E tem ela, a ressalva,
O encontro
A sutileza e o grito
O suspiro e o tiro
É o disparo
E o alvo
É na noite
A luminescência
E em si
Essência
Tragédia
Os sons são escuros
Como os beijos não roubados
Os dias são claros
E tristes como antigamente
E o sol escancarado, sorri
Para todo ser vivo
Ela foge, destemida
Pela calçada de pedras
E tropeça desastrada
Embaraça-se nas pernas
E cai para as rosas
Vermelhas de vida
Como os beijos não roubados
Os dias são claros
E tristes como antigamente
E o sol escancarado, sorri
Para todo ser vivo
Ela foge, destemida
Pela calçada de pedras
E tropeça desastrada
Embaraça-se nas pernas
E cai para as rosas
Vermelhas de vida
Azul Clarinho e Lilás
É passarinho
Dançando
Tontinho
No fio
É uma flauta
Na boca
Vermelha
Da moça
É uma gota
De fruta
Doce
Que pinga
É dor calada
Resumo
Ressalva
Bater de vento
No rosto:
Que frio!
É o pedaço
Do canto
E tem
Mais recheio
Que o meio
Dançando
Tontinho
No fio
É uma flauta
Na boca
Vermelha
Da moça
É uma gota
De fruta
Doce
Que pinga
É dor calada
Resumo
Ressalva
Bater de vento
No rosto:
Que frio!
É o pedaço
Do canto
E tem
Mais recheio
Que o meio
Sapatos brancos
Cambaleia o sino
Tonto de tanto tocar
E anuncia na rua
A grande procissão
Ele caminha à frente
Que nariz! Que juventude!
O seu queixo é quadrado
Ele carrega no peito
A arma e o segredo da vida
E sapateia derrepente
E sorri derrepente
E dança, e dança...
Olha para a moça
E curva-se
Estende a mão
E casam-se
E cambaleia o sino
Ávido por mais negócios
Tonto de tanto tocar
E anuncia na rua
A grande procissão
Ele caminha à frente
Que nariz! Que juventude!
O seu queixo é quadrado
Ele carrega no peito
A arma e o segredo da vida
E sapateia derrepente
E sorri derrepente
E dança, e dança...
Olha para a moça
E curva-se
Estende a mão
E casam-se
E cambaleia o sino
Ávido por mais negócios
Açucarada
E flutua
Entre os dedos
Das formigas
É uma gota,
Um suspiro
Aperta.
E solta...
Caminha escondida
No cantinho
Da parede
Na pontinha
Dos pés
Entre os dedos
Das formigas
É uma gota,
Um suspiro
Aperta.
E solta...
Caminha escondida
No cantinho
Da parede
Na pontinha
Dos pés
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