Noturno II

5 de nov. de 2009
Entre a foto imaginada
No sertão cor de sol quente
Sobe na cama o besouro
Primo-irmão da serpente
Incendeia o pensamento
Com seu cheiro de vingança
Vem devolver a matança
Que eu fiz na sua família
Nos maus tempos de criança

Poeminha aleatório 41

Ando cansado
Dessa vida de gota
Eu quero enxurrada,
Desgraça muita,
Cansei de desgraça pouca

Alívio

Alguém fala
E a gente sente
A felicidade
Suprema,
Frouxa
De estar
No "Ausente"

Do "do..."

Do over
Que fica
Da dose
Que vai
Não passa
A dica
E a noite
Cai

Poeminha 14

Qualquer dito
Mente a verdade
Rente ao que se sente
Sente esse cheiro,
De vida derretendo?

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Se eu digo e você não diz
O que eu quero que você fale
Muda todo o meu sentimento
E eu volto pro não
Velando seus beijos escuros
Eu sei,
Eu tentei por pouco tempo
E voltei a ser negro
Por mais que você diga
Eu não posso parar
Eu estou de volta
Ao negro amor
Aos dias de dor
E não acaba aí
Eu sou feliz assim
E gosto de ser assim
E as rodas arranhando o asfalto
E eu penso: "Tanto tempo"
Eu voltei!
E olho o vidro embaçado
Pelo quarto fechado de suor
E penso: "Estou de volta ao negro"

Rima nobre II

Ela - a cor anuncia
Flutuando
E o riso descontrolado
Avisando:
"Ela chegou!"

É o que se sabe...
De não vê-la
Só resta
A saudade.

Rima nobre

Tudo bem?
O que é
Que tem?
Meu bem?
Hein?
Não finja...
Você é ninja!
Eu sei...
Provei!
E não
Enjoei
Ei!
Olha lá
Deve ser
Agente vindo
E indo...
De mãos dadas...
Atadas!
Suadas,
De beijar
E ser feliz
O que sobra
Disso
É o que
Ninguém
Diz