A lebre, o crime, o jogo.

31 de mar. de 2010
Solto e leve feito um animal solto e leve.
Uma lebre selvagem com os olhos vermelhos.
Voa, voa lebre assassina, vá buscar a sua presa,
Na cama, na mesa com Thereza.
Os dias, os meses, os anos.
São tristes, muito tristes, quase morte.
Por pouco, muito pouco, faltou sorte.
E antes de morrer, acusou:
Seu irmão.
Grave crime.
Autópsia.
Escritos.
Pés.
Lâmpadas.
Sussurros.
E o morto:
Estático feito nuvem,
Passou voando.
Eis que: grande espanto do público.
Era inacreditável.
Extraordinário.
- Pânico.
Explosões.
Eis um fim para o crime
Que sem culpados condenados
Permanece imóvel, feito nuvem.

3 comentários:

Joanna disse...

A imobilidade das nuvens é apenas uma impressão - sua.
Assim como a absolvição dos culpados é apenas uma ilusão - deles.

O Verme Verde disse...

Esse é o eu preferido.

O Verme Verde disse...
Este comentário foi removido pelo autor.