Prece.

23 de fev. de 2010
Quem dera ao triste fim de um garoto.
Sofrido, machucado, em canto escuro,
Ah! Ouvir um som de rato do esgoto,
Tocando um tambor bem vagabundo.
É pouco, eu sei, é muito pouco.
É nada, é som de bicho, é som imundo,
Sou louco, eu sei que sofro, eu sei que tudo:
É parte, é muito pouco, é raso e fundo.

No meio o devaneio, o João, a Joanna.
Acabe, rasgue a roupa, pise forte.
Atrase, lave o cabelo, mude o corte.
Na trave com o goleiro, a bola, a morte.

Segure na mão do mestre, clame, chore.
Reclame seu destino de humilhado,
Quem sabe, quem nunca sabe, quem sabe e cala,
A fala quer de presente um namorado.

Esconda sua miséria no travesseiro,
Mas antes guarde um papel que prove tudo.
Gavetas, imagens santas e dias tortos.
É muco, é muro sujo, é o fim do mundo.

1 comentários:

Joanna disse...

"No meio o devaneio, o João, a Joanna.
Acabe, rasgue a roupa, pise forte.
Atrase, lave o cabelo, mude o corte.
Na trave com o goleiro, a bola, a morte."
_________________________________________
No meio o devaneio, a Janaína, a Joanna.
Arrasta, rasga a roupa e, se tiver sorte...
Me traça - como louca - e me beija até a morte.



Você é foda, rapazinho! =]