Se a pureza habitasse
O fundo do coraçãozinho
Eu diria que as luvas
Os anéis e candelabros
São melhores que os dias
Em que não abro a mão
O toque sem liberdade
O beijo desnecessário
A dor tingida de branco
E o pranto, e o pranto
E o grito, e o grito
Um acordar sem sentido
Um zumbido sem ouvido
Um tema distorcido
Um gemido no escuro
Sem saber, sem saber
O que há atrás do muro?
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2 comentários:
Só prá prometer nunca mais fazer comentários idiotas sobre "o processo" da produção literária. De uma vez por todas: ela não é o relato de uma experiência prévia, ela é em si a própria experiência.
Nunca é tarde, né?
É em si essência.
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