A janela fecha e abre
A escada sobe e desce
Quem tem cadeira remexe
Quem não tem fica quadrado
Lá na Laje tem gingado
Tem churrasco e tem a Nega
Se escorrega na ladeira
Só sossega aqui em baixo
Na cozinha tem um tacho
No tacho tem doce, doce
A casa da rua da festa
1 de dez. de 2009De cada vontade
A diversão que ela vale
O grito na festa, é o grito
É a festa, é a fresta do grito
Que ecoa na rua
Na rua da casa da festa
E a fresta ilumina a rua escura
A luz da fresta ilumina
A diversão à vontade
É tarde, se sabe
E cabe ao dia
Acabe a noite
E a festa da casa da rua
Que a fresta ilumina
Perpetua
A raça perpetua
Um, dois, três e sempre.
30 de nov. de 2009
Um verso:
Só...
Dois:
Hum!
Hum...
Três versos:
Infinito...
Sempre...
Tanto...
O infinito basta a si mesmo.
Só...
Dois:
Hum!
Hum...
Três versos:
Infinito...
Sempre...
Tanto...
O infinito basta a si mesmo.
Título? [2]
O que seria o indeciso?
Um retrato torto do narciso?
Uma mistura de grito com sorriso?
Um cisco no mamilo?
Um grilo sem volume?
Um pasto sem estrume?
Acho que não!
Indeciso é quem sofre de indecisão...
Um retrato torto do narciso?
Uma mistura de grito com sorriso?
Um cisco no mamilo?
Um grilo sem volume?
Um pasto sem estrume?
Acho que não!
Indeciso é quem sofre de indecisão...
Título?
Que preguiça!, dos poemas...
Emas-emas-emas
Que preguiças!, dos poetas...
E das rimas?!
Que chatice!
Sem preguiça da Alice...
E do Alpiste!
E do muro pintado de preto!
E das velhas no ponto de ônibus!,
São só enfermidades...
Ah!, chega dar saudade
Essas velhinhas são tão bonitinhas,
E as tetas então?
OH! Que escuridão...
Emas-emas-emas
Que preguiças!, dos poetas...
E das rimas?!
Que chatice!
Sem preguiça da Alice...
E do Alpiste!
E do muro pintado de preto!
E das velhas no ponto de ônibus!,
São só enfermidades...
Ah!, chega dar saudade
Essas velhinhas são tão bonitinhas,
E as tetas então?
OH! Que escuridão...
Dez dias sem Tereza
28 de nov. de 2009Na mesa ela se senta
E em sua mente sente ser
Tereza novamente,
Tereza é de um jeito
Que ninguém consegue ser
Ela mente de repente, e
Eu nunca irei saber.
E na mesa com Tereza
O dia inteiro se vai...
Aonde vai Tereza
A vida ela atrái
Dez dias sem Tereza
São dez dias demais
Eventos
27 de nov. de 2009
A memória é objeto
De um evento ocorrido
Pode vir da torneira que pinga
Ou do pingo da consciência que resta
.
A memória é criada, procria e se estabelece
Quando se precisa ela desce...
Do pedestal da saudade.
De onde vem a lembrança
Daquilo que ocorreu
No meu sonho de criança?
Ela existe e machuca;
Desespera e avança...
Eram as agulhas, me lembro
Vindo de todos os lados
Um quarto branco e quadrado
Com linhas em novelar eterno
Ao redor de tudo um lago,
Um amanhacer e o inferno.
De um evento ocorrido
Pode vir da torneira que pinga
Ou do pingo da consciência que resta
.
A memória é criada, procria e se estabelece
Quando se precisa ela desce...
Do pedestal da saudade.
De onde vem a lembrança
Daquilo que ocorreu
No meu sonho de criança?
Ela existe e machuca;
Desespera e avança...
Eram as agulhas, me lembro
Vindo de todos os lados
Um quarto branco e quadrado
Com linhas em novelar eterno
Ao redor de tudo um lago,
Um amanhacer e o inferno.
Urso
José gosta de mel
Sapateia de tristeza
Quando seu cigarro acaba
Vai-se junto a beleza
Sua mãe quando menina
Deixou a sopa na mesa
E morreu...
José sobreviveu;
E nem você, muito menos eu
Iremos entender
O problema do porque
Do José
Não gostar de sopa
Sapateia de tristeza
Quando seu cigarro acaba
Vai-se junto a beleza
Sua mãe quando menina
Deixou a sopa na mesa
E morreu...
José sobreviveu;
E nem você, muito menos eu
Iremos entender
O problema do porque
Do José
Não gostar de sopa
A parte
A parte interessante
É a parte que releva
Responde com silêncio
Apaga.
A parte que morde.
Que vai embora cedo...
A parte que leva os pedaços,
Guardados dentro de si.
Que não fala que ganhou
Um anel de diamantes.
A parte que de mim esconde.
E que o todo sente calada.
A parte interessante,
Vive antes da fala.
É a parte que releva
Responde com silêncio
Apaga.
A parte que morde.
Que vai embora cedo...
A parte que leva os pedaços,
Guardados dentro de si.
Que não fala que ganhou
Um anel de diamantes.
A parte que de mim esconde.
E que o todo sente calada.
A parte interessante,
Vive antes da fala.
Curva
25 de nov. de 2009
O que tem no fim da pista?
Uma ruiva peladona?
Um CD inédito
Da Madonna?
O que tem no fim da pista?
A vida eterna num vidro?
Um susurro, um gemido?,
O Elvis Presley perdido?
No fim da pista tem um cemitério
De estrelas colossais caídas.
Uma mesa sem mistério
Sem cosmos dando a partida...
O fim da pista ela avista
Se na mão tem um cigarro
Rock no som do carro
Os cabelos livres na estrada
Ela mira o infinito
Acelera forte e bate
Capota bonito!
E o vento leva
As chaves de casa...
Uma ruiva peladona?
Um CD inédito
Da Madonna?
O que tem no fim da pista?
A vida eterna num vidro?
Um susurro, um gemido?,
O Elvis Presley perdido?
No fim da pista tem um cemitério
De estrelas colossais caídas.
Uma mesa sem mistério
Sem cosmos dando a partida...
O fim da pista ela avista
Se na mão tem um cigarro
Rock no som do carro
Os cabelos livres na estrada
Ela mira o infinito
Acelera forte e bate
Capota bonito!
E o vento leva
As chaves de casa...
Leveza
E quando tudo pesa?
É o encotro das coisas?
Que se acumulam sólidas?
O fim de um ciclo?
Assim sem sentido?
Quando o fim se aproxima, pesa?
Pesa a dor doída na alma?
A dor pelo o que foi perdido?
Sem ser sabido o que era?
Seria a areia mórbida dos domingos?
Da morte no verão seco?
Da música sem melodia?
Do barulho da água no fundo do poço?
Pesa a vida lerda que passa?
Pesa a noite que trás o frio?
Pesa a dor do tapa?
O vazio?
É o encotro das coisas?
Que se acumulam sólidas?
O fim de um ciclo?
Assim sem sentido?
Quando o fim se aproxima, pesa?
Pesa a dor doída na alma?
A dor pelo o que foi perdido?
Sem ser sabido o que era?
Seria a areia mórbida dos domingos?
Da morte no verão seco?
Da música sem melodia?
Do barulho da água no fundo do poço?
Pesa a vida lerda que passa?
Pesa a noite que trás o frio?
Pesa a dor do tapa?
O vazio?
Suor
23 de nov. de 2009
Quanto marasmo de vida!
Esse tempo é um sopro da morte
Ardendo entre chamas-fantasmas
E dias de suor eterno
É quando do abismo abrem-se
As portas douradas do inferno
Esse tempo é um sopro da morte
Ardendo entre chamas-fantasmas
E dias de suor eterno
É quando do abismo abrem-se
As portas douradas do inferno
Temporal
Caem do alto
E vertem ao chão
Doem no peito amargo
Gritam na boca em pranto
Soltam seus pós velados
Surtam e vão pro canto
Seguem à margem, usados
E vão atuar com o vento
E vertem ao chão
Doem no peito amargo
Gritam na boca em pranto
Soltam seus pós velados
Surtam e vão pro canto
Seguem à margem, usados
E vão atuar com o vento
Estátua
A mão que balança o berço
A mesma que acaricia
A pele, rosa, macia
Do amor não revelado
Este lado, outro lado
E tudo em si resolve-se
E a mão que o berço balança
Toma ao corpo a criança
Que chora, inconsolável
A mesma que acaricia
A pele, rosa, macia
Do amor não revelado
Este lado, outro lado
E tudo em si resolve-se
E a mão que o berço balança
Toma ao corpo a criança
Que chora, inconsolável
Ver
20 de nov. de 2009Vi a verdade se pintar de verde
E avermelhar-se de encanto
No início perdi o traquejo
No fim de tudo afoguei-me em canto
Viagem
O dia colore e se demora
É na noite o desencontro
Das letras e do fim dos pontos
Dos martelos e risadas fáceis
O impasse se coloca inteiro
Tem nariz enorme e boceja
- É o sono que me toma a vida, diz, e se cala...
- É o sono que me toma a vida, diz, e se cala...
A janela pinta-se de azul
E os ditos perdem o encanto
E os ditos perdem o encanto
Se discordo faz-se logo um pranto
E se encerra outra bateria
De nomes falhos, trocados
E de bocas tortas, vazias
Refrão
Da cabeça a lama desce
E escorre pelo corpo
É pouco e parece pouco
Sem gosto, sem nenhum gosto
E escorre pelo corpo
É pouco e parece pouco
Sem gosto, sem nenhum gosto
Prece
19 de nov. de 2009E em tentar fazer meu caminho
Aparece uma Prece sem ninho
Voando sobre o capím verde
É cedo pra ave acordar serelepe
E tarde pra procurar seu filhote
Terá ele morrido na tempestade?
Ou torturado por um raio de choque?
O que será da Prece, ave que sabe voar
E ainda assim cresce e padece
Não consegue descansar...
Sempre que do ninho desce
O nicho abre e vem bicho predar
Cão
Os amigos
Esses queridos
A nos rodiar
Sabem onde estamos
Pra onde vamos
De onde viemos
Só esquecem
De avisar
Esses queridos
A nos rodiar
Sabem onde estamos
Pra onde vamos
De onde viemos
Só esquecem
De avisar
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